Opinião: O futebol em 2024 começa com a Copinha e o Atlético-GO espera fazer sua melhor participação no torneio

Atlético-GO Sub-20
Foto: Ingryd Oliveira - ACG

Agora em janeiro a bola já vai rolar no Brasil, é a Copa São Paulo de Júniores, que com sua importância, até já está inserida no calendário do futebol Brasileiro, mesmo sendo categoria de base. O Atlético-GO tem participado do torneio nessas duas últimas décadas e com ele tenta incrementar e melhorar suas categorias de base para que seja também uma fonte de renda e crescimento para o clube. Segundo palavras do presidente Adson Batista, criar uma categoria de base competitiva e que revele jogadores tem sido uma tarefa hercúlea, dado o perfil dos jovens que tentam desenvolver uma carreira no futebol.

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Antes no Brasil, tinha muitos campos de terrão nos bairros e nas periferias das cidades, mas com o tempo esses campos foram sumindo para atender a necessidade de crescimento das cidades, com construção de moradias, estabelecimentos comerciais e também com as comunidades se preocupando com o desenfreado aumento da violência que se vê nas ruas; enfim, hoje já não se vê os garotos jogando bola nos campinhos dos bairros e isso contribuiu sobremaneira para o sumiço dos craques no futebol brasileiro, que em tempos saudosos, o Brasil revelava muitos, tendo sido hegemônico no mundo por várias décadas. Hoje infelizmente esse tempo passou e o futebol mundial está muito nivelado, com os grandes centros financeiros levando bem cedo os garotos que se destacam nos clubes, ficando o futebol brasileiro refém do dinheiro.

Voltando para a realidade atleticana, observamos que o presidente do Atlético tem muitas razões para se queixar, o dinheiro do clube já é pouco e quase todo esse recurso é aplicado na montagem do time principal, porque, hoje, é daí que vem também a quase totalidade dos recursos financeiros do clube, se o time não vai bem nos campeonatos que disputa, como o estadual, copa do Brasil e brasileirão, os recursos encolhem ainda mais, enfim é aquela velha máxima: “o cobertor é curto, se cobre a cabeça, descobre os pés” e isso vale principalmente para os clubes pequenos e medianos.

Os grandes clubes até têm bons recursos para investir nessas categorias de base, com melhores centros de treinamento, contratação de profissionais adequados, como psicólogos, preparadores físicos, técnicos, etc. Pensamos que, para ter êxito, o Dragão deve fazer um trabalho a longo prazo, melhorando suas estruturas e dando melhores condições de treinamento, hospedagem e acompanhamento por profissionais adequados, exigindo dos jovens inclusive inclusão educacional, como é feito na Europa, isso é condição para atrair os jovens atletas; é caro, sim muito, mas se o clube deseja ter resultados com a base precisa manter esse trabalho que tem desenvolvido atualmente e buscar as melhorias ao longo do tempo, certamente lá na frente colherá os resultados que espera.

Uma situação que já vislumbramos hoje é que muitos garotos já preferem as escolinhas do Dragão que a de outros times da capital, a camisa atleticana hoje está muito mais forte, antes a hegemonia dessas categorias era do Vila e Goiás, mas tudo tem mudado aqui no nosso estado, vamos acompanhar de perto esse trabalho para nos certificarmos de que os resultados possam vir. A copinha que se inicia nesse início de 2024 já é um passo importante nesse aspecto.

Autor: Ronan Rodrigues de Andrade, 62 anos | Santo Antônio de Goiás-GO

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