Opinião: Janela de julho chegando e a necessidade de contratações no Atlético-GO

A segunda janela de transferências do futebol brasileiro em 2023 será no período de 3 de julho a 2 de agosto. Mas, no Atlético-GO, já existem movimentações acerca da contratação de mais reforços para o time. Em declarações recentes da diretoria por meio do presidente, Adson Batista, deu a entender que o clube já está à procura desses reforços. No jogo contra o Avaí, o técnico Alberto Valentim também demonstrou essa preocupação, e ficou nítido durante o jogo que o time carece de mais opões no elenco.

Segundo o site transfermarkt.com.br, o Atlético-GO é o clube que possui menos atletas em seu elenco (27) da Série B, estando bem abaixo de alguns times, sendo que na Segundona a média por time é de quase 35 atletas; mas somente quantidade não resolve e não dá segurança de que o time alcance seus objetivos, é necessário que exista equilíbrio entre quantidade e qualidade nas contratações. Observando o jogo contra o Avaí, pela 7ª rodada, é visível que o time ainda precisa reforçar algumas posições. Uma que se faz premente é mais um camisa 9, centroavante de ofício, uma vez que com a saída de Gustavo Coutinho não houve reposição com a qualidade necessária. O mesmo se constata na zaga atleticana, com a saída de Gazal, o time voltou a apresentar falhas e lentidão na marcação por parte dos zagueiros; desta forma, pelo menos um zagueiro de qualidade e melhor dos que já estão no plantel deva ser contratado.

Outra posição carente é de meia-atacante: hoje só temos Marco Antônio, que não está atuando, e Shaylon, que desempenha essa função com bom rendimento mesmo improvisado, mas o técnico precisa ter opções para mudança de estratégia de jogo durante as partidas; com esses dois meias, não há variação possível para a comissão técnica. Mais um lateral direito, que faça sombra para Rodrigo Soares numa eventual substituição por contusão ou suspensão por cartões. Em outras posições como volantes e atacantes de lado é necessário que sejam contratados opções com características diferentes dos que já compõem o elenco, como exemplo podemos citar Rhaldney, que não tem um substituto à altura; também um bom atacante para o lado esquerdo, já que quem está atuando por esse lado não tem correspondido – exceto Luiz Fernando, que é uma espécie de coringa no ataque. Aliás, o ataque é a parte positiva do time, merecendo pequenos ajustes no que diz respeito à qualidade na reposição. Mas o mesmo não pode ser dito sobre a parte defensiva e meio-campo, que precisa ser reforçada e com bons jogadores, dando condições e possibilidades ao técnico de melhorar e dar maior equilíbrio a esses setores.

Em resumo, acreditamos ser necessário a contratação de pelo menos mais seis jogadores, priorizando principalmente a parte defensiva e meio-campo, de forma que o Dragão possa melhorar o rendimento nesses setores. Cabe ressaltar as boas atuações de alguns jogadores, como o caso de Renato, Heron, Shaylon, Luiz Fernando e Kelvin, com esse último recorrentemente entrando na segunda etapa dos jogos e tendo correspondido às expectativas, restando saber se vai ganhar a posição de titularidade ou vai continuar sendo uma arma do técnico para variações no ataque.

Destacamos também a necessidade de que esses reforços devam chegar antes da abertura da janela, para que se possa condicionar, ambientar esses atletas e que possam estar à disposição assim que forem registrados no BID. É imprescindível ganhar tempo. Caso se aguarde a abertura da janela para poder efetuar as contratações, já terão passado 15 rodadas da Série B, e se até lá o time não estiver no G4, será difícil a recuperação já que alguns dos adversários que vão brigar pelas vagas na Série A também se reforçarão, principalmente aqueles que possuem maior poder financeiro, como Sport, Ceará, Avaí, Chapecoense, Juventude e Criciúma. É aguardar e torcer para que os novos guerreiros que chegarem leve o Dragão às primeiras colocações e possa se manter lá.

Autor: Ronan Rodrigues de Andrade, 61 anos | Santo Antônio de Goiás-GO