Considerado como o pior time da Sul-americana e lanterna do Campeonato Chileno; conheça o Antofagasta

Na sua terceira participação na Copa Sul-Americana, o Atlético Goianiense ano após ano cria uma tradição de jogar no Chile. Em 2012, no estádio San Carlos de Apoquindo, no pé dos Andes, em Santiago, a estreia internacional do clube campineiro foi contra a Universidad Católica. Nove anos depois, a primeira vitória rubro-negra fora do Brasil aconteceu no estádio El Teniente, em Rancagua, contra o Palestino.

Nesta quarta-feira (26), o próximo compromisso dos atleticanos será bem distante da capital chilena, a mais de 1,3 mil quilômetros de Santiago. Localizada no norte do país, Antofagasta é um importante centro logístico e industrial da região. Cidade portuária, também é um ponto turístico movimentado, porta de entrada para o Deserto do Atacama.

A cidade abriga o Club de Deportes Antofagasta, o próximo adversário do Atlético na Sul-Americana. A sua casa é o estádio Regional Calvo y Bascuñan, o estádio Regional de Antofagasta. Sede da Copa América de 2015 e uma das casas propostas pelo Chile para a Copa do Mundo de 2030, abriga mais de 20 mil pessoas e será o palco da partida desta noite, válida pela 3ª rodada da fase de grupos.

Estádio Regional Calvo y Bascuñan de Antofagasta, palco do jogo desta noite (Foto: Conmebol)

Jovem, o Antofagasta foi fundado há 55 anos, em 1966, através da união de dois clubes da região, após solicitação da antiga federação chilena de futebol, que sugeriu a criação de um clube na cidade. Ao longo de sua história, alternou entre as duas primeiras divisões do Chile, sem grande destaque nacional. Seus únicos títulos foram na segundona, em 1968, 1990 e 2011, quando, inclusive, conquistou seu último acesso.

Desde então, se estabeleceu na elite chilena na última década, e provou um crescimento recente. O quarto lugar no campeonato em 2018 foi a melhor colocação da história do clube na primeira divisão, e também garantiu a sua primeira classificação a um torneio continental, a Copa Sul-Americana de 2019. A estreia internacional aconteceu no Templo do Futebol, o Maracanã, em um 0 a 0 com o Fluminense.

No jogo da volta da primeira fase, em Antofagasta, o tricolor carioca avançou graças aos gols de Everaldo e Luciano, na vitória por 2 a 1 no estádio Regional. Dois anos depois, a segunda experiência internacional dos Pumas também foi breve, e durou apenas a fase preliminar. O time acabou eliminado no confronto local contra o Huachipato, que venceu fora por 1 a 0, e depois goleou em casa por 3 a 0.

Nesta temporada, já foram duas derrotas nas primeiras rodadas, sofridas para Defensa y Justicia, em casa, e LDU, fora. Agora de volta aos seus domínios, o Antofagasta sonha com os primeiros pontos na Sul-Americana, mas o desempenho recente não inspira muita confiança. Dos 14 jogos disputados em 2022, foram apenas duas vitórias, com quatro empates e oito derrotas. O time é o lanterna do Campeonato Chileno.

Desempenho que provocou a demissão de Juan Domingo Tolisano, treinador venezuelano contratado após boas temporadas com o Deportivo Táchira. A troca aconteceu na semana passada, e o interino Diego Reveco, de apenas 29 anos, já comandou a equipe no empate sem gols com o Huachipato no último sábado. Reveco está no clube há anos, e já assumiu a condição de treinador interino em outras temporadas.

Inclusive, foi com Reveco que o Antofagasta conquistou a classificação para a Sul-Americana deste ano, depois de vencer o Colo-Colo na última rodada do Campeonato Chileno de 2021. Cenário distante de hoje, com a equipe desmotivada pelos resultados recentes, goleado duas vezes na Sul-Americana e último colocado no torneio local.

Principais reforços para 2022, o goleiro Mono Sánchez, o zagueiro Leandro Vega e o atacante Gabriel Torres sequer foram relacionados no último jogo, e o treinador interino Reveco deu espaço para rostos mais conhecidos da comissão técnica permanente. Quem mais chama atenção no time dos Pumas é o meia-atacante canhoto Ariel Uribe.