Adson Batista fala sobre jogadores valorizados que devem deixar o clube; E a possibilidade do Dragão atuar no Olímpico na Série A

Com o acesso e o título da Série B garantidos, o Atlético já pensa em 2017. A pauta no Dragão é o planejamento para disputar a elite do futebol brasileiro no próximo ano, e os trabalhos já começaram. O primeiro passo é a montagem do elenco que, por conta da bela campanha, tem muitos jogadores cobiçados por clubes de expressão no cenário nacional.

Sobre a montagem do grupo para 2017, o diretor de futebol rubro-negro, Adson Batista revelou que a intenção é ter um elenco com o mesmo perfil do que foi a da atual temporada, que, segundo o dirigente, valoriza o conjunto. O mandatário também afirmou que, mesmo com um passivo a ser quitado, o Atlético não terá política de teto salarial, artifício usado pelo rival Goiás nos anos de 2014 e 2015.

“Tenho esperança de ter um time com esse perfil. O craque do Atlético tem que ser o conjunto, o elenco. Vamos trabalhar nesse sentido. Como foi realizado em 2016. Não existe essa situação de um teto para salário de jogadores, é muito negativo para o clube. Cada atleta tem o seu valor. É evidente que não vamos contratar jogadores que não se encaixam no perfil do Atlético, que pensam ser maiores que o clube. Precisamos de pessoas que estão com fome de bola, possuem objetivo na vida. Não vai ter espaço aquele jogador que só pensa no final do mês”, frisou.

Adson Batista confirmou, em entrevista ao repórter Pedro Henrique Geninho, que há o risco de atletas deixarem o Dragão. O dirigente, porém, faz um apelo para que os jogadores avaliem se este é o momento de se transferirem.

“Alguns jogadores estão valorizados, mas sempre deixo claro pra eles que o Atlético é muito importante na vida de cada um. E para eles se consolidarem, uma Série A sendo bem feita vai aumentar ainda mais essa valorização. Eles já conhecem o ambiente e estão adaptados ao clube. Contudo, existem situações que aparecem empresários enxergando diferente. Eu tenho, às vezes, dificuldades em relacionar com alguns empresários, porque sempre pensam no momento e neles próprios”, afirmou

Capitão fica?

Um dos atletas que tem contrato se encerrando ao final desta temporada é o zagueiro e capitão Lino. Após a conquista do título no jogo contra o Tupi, o defensor admitiu que tem o desejo de permanecer no Dragão. Questionado sobre a situação de Lino, Adson Batista foi evasivo, e não cravou a renovação.

“Estamos avaliando muitas situações. Como profissional, só tenho que agradecer ao Lino. Ele é um cara que se identifica muito com o Atlético, mas a vida é feita de ciclos. Estamos avaliando de maneira de bastante equilibrada a competição que vamos disputar”, disse o diretor de futebol.

Lar doce lar

Após a reinauguração do Olímpico, o Atlético viu um boom nas arquibancadas. Nos quatro jogos no estádio, mais de 40 mil torcedores compareceram, inclusive esgotando as entradas para a partida contra o Tupi, algo que não acontecia desde 2006.

Pela atual regulamentação de competições da CBF, o Olímpico não poderia receber jogos da Série A, cujos estádios precisam ter capacidade mínima de 15 mil torcedores. Apesar de o estádio do centro possuir pouco mais de 12 mil lugares, o diretor de futebol atleticano revela que está trabalhando em parceria com o presidente da Federação Goiana de Futebol para viabilizar a utilização da praça também na elite nacional.

“O Olímpico é nossa casa. Evidente que nosso contrato irá terminar esse ano, mas a intenção é renovar. O Atlético tem um trabalho, junto com o André Pitta, para jogarmos lá durante toda a temporada. Lógico que em partidas de maior apelo, vamos jogar no Serra Dourada. Esperamos que dê tudo certo para o clube se consolidar na sua região, que é a mesma do estádio Olímpico”, concluiu Adson Batista.