Após goleada do Atlético-GO, técnico da LDU renuncia ao cargo

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Foto: Bruno Corsino-ACG

O técnico Pablo Marini renunciou ao cargo de técnico da LDU Quito após a goleada do Atlético-GO na última partida do Campeonato Sul-Americana.

O anúncio foi feito nas redes sociais, informando a renúncia do treinador e ex-atacante argentino. O clube reforçou, ainda, seu compromisso com o time e com a torcida equatoriana, garantindo esforço para superar este “duro momento”, conforme postagem.

Marini atuava como técnico da LDU desde 2021, e esteve à frente do time durante o jogo que resultou na goleada do Atlético-GO, vencendo por 4 a 0.

A decisão surpreendeu os acompanhantes do cenário futebolístico, especialmente pelo pouco tempo atuando com o clube.

Pablo Marini comandou a LDU durante seis rodadas, com três vitórias, um empate e duas derrotas. Apesar dos resultados razoáveis, vinha sofrendo críticas quanto à sua campanha no time, o que se reforçou após a goleada do Atlético-GO.

Após o jogo da LDU, o Dragão pode assumir a liderança do grupo F do Campeonato Sul-Americana e estar um passo mais perto do título.

Goleada do Atlético-GO não foi único motivo para a saída de Marini

Embora acredite-se que a goleada do Atlético-GO foi o principal motivo que levou a saída de Marini da LDU, este pode não ter sido o único incentivo.

Como aponta a matéria especial da Betway, existem diversas razões que levam à instabilidade no cargo de treinador. Desde incapacidade de dirigentes, pouco conhecimento do futebol, até a pressão dos torcedores e da mídia esportiva levam à troca de treinadores com maior frequência.

As condições pessoais dos treinadores também podem ser um fator relevante.

É o que aponta Vagner Mancini em entrevista o site Betway Insider, site de palpites no Brasileirão. Ao longo da carreira, foram 23 trabalhos diferentes em 18 anos. Nas últimas cinco temporadas, apresentou uma média de dois times por ano.

“Férias, só tenho quando estou entre um clube e outro. Não consigo de maneira nenhuma me programar para isso”, confessa o técnico para o time do Betway Insider.

O técnico de 55 anos falou, também, sobre o não acompanhamento da família, uma vez que não sabe quanto tempo ficará na cidade de sua atuação. Isso também pode colaborar para as decisões de mudanças de clubes.

Dessa forma, a insatisfação pessoal se torna um motivo plausível, especialmente no caso de Marini, que enfrentou a goleada do Atlético-GO e posteriores críticas.

Rotatividade de técnicos é recorrente no futebol

Ainda segundo informações do site de apostas esportivas, a rotatividade de técnicos é uma situação recorrente.

Por exemplo, o Campeonato Brasileiro de 2020 registrou 26 substituições de treinadores. A média de trocas foi pouco maior de duas a cada três rodadas.

Em 2021, o número caiu para 20, por conta das limitações implementadas durante a temporada, que restringiram as demissões para uma por clube. Entretanto, a medida não foi renovada para a temporada seguinte, e a expectativa é que os números voltem a subir na edição 2022.

Além disso, a Betway também indica que a rotatividade pode ser culpa dos próprios profissionais, como o caso de Mancini. O treinador, que estava em um lugar de prestígio no América-MG, escolheu deixar o cargo para tentar salvar o Grêmio do rebaixamento, sem sucesso.

Com duras críticas após a estreia da Sul-Americana e a goleada do Atlético-GO, Marini deixa o clube em um momento mais difícil para o time em menos de um ano de atuação, contribuindo para a rotatividade do cargo, que ainda não divulgou novos nomes.