Opinião: Fator psicológico foi o algoz atleticano na temporada

Foto: Alan Deyvid-ACG

Para muitos atleticanos, o ano de 2022 foi decepcionante para o Atlético Clube Goianiense, já que seu começo foi brilhante. Com títulos e projeções, o torcedor Rubro-Negro se viu encantado com o futebol apresentado nas Copas, porém, com o passar do tempo, o trem foi descarrilhando. Após o título goiano em cima do Goiás, os guerreiros atleticanos entraram em campo para duelar contra a Liga de Quito, pela Sul-Americana. Com toda certeza, aquele foi o melhor jogo o Dragão em anos, tanto pela importância, quanto pelo adversário.

A partir dali estava decretado, o Atlético estaria entre os times que brigariam pela classificação do grupo (sendo esse o nosso primeiro objetivo). Após a passagem para a fase eliminatória, o Mais Querido se viu de mãos atadas, já que em seu planejamento inicial, não havia sido prescrito um avanço tão repentino nas competições de chaveamento.

Entretanto, os ares que pairavam o bairro de Campinas, era calmo, já que o cenário poderia ser revertido no Campeonato Brasileiro. Ao afunilar do ano, a situação foi cada vez se complicando mais. Com a eliminação na Copa do Brasil, para o Corinthians, a pressão aumentou, já que o Atlético havia feito uma boa vantagem no Accioly, e fora de casa, se acovardou e foi goleado. Era nítido que o planejamento tinha ido para os ares, e apenas um título na Sul-Americana salvaria o ano atleticano. Visivelmente, os atletas estavam estarrecidos mentalmente, pela quantidade de decisões

disputadas. Na temporada, tivemos no máximo 15 jogadores que estavam sempre sendo cotados a entrar em campo, os demais apenas ocupavam espaço no banco de reservas.

O baque maior veio depois da desclassificação nos pênaltis contra o São Paulo, ali acabava a chance do Atlético Goianiense de finalizar o ano com uma conquista histórica. Após a desclassificação, alguns torcedores jogaram a toalha, porém, o clube apresentou certa melhora no Campeonato Brasileiro, entretanto, lá estava o time de Rogério Ceni mais uma vez para interromper nossa subida.

Naquele cenário, o Atlético estava caminhando para sair da zona de rebaixamento, já que brigava por posição com o Ceará. Em mais um jogo brilhante, o Dragão pressionava e jogava melhor que o tricolor, porém, o goleiro Jandrei fez seu nome no duelo. A partida se encaminhava para um empate por 1 a 1, entretanto, o resultado bastava para o Mais Querido, que naquela situação estava saindo da degola.

É triste relembrar o momento em que decretou a queda do time. Naquela altura, dava para enxergar uma vontade nos jogadores, porém, com uma falha grotesca do ex-goleiro atleticano, Renan, o São Paulo chegou ao seu segundo gol nos acréscimos. Ali foi o fim da caminhada atleticana na Série A, restavam algumas rodadas, mas o baque emocional foi tão grande, que não conseguimos reverter. Após a partida do Morumbi, o time apresentou uma piora gigantesca, perdendo pontos para times inferiores e até rebaixados, como no caso do Juventude. Para um apanhado do ano de 2022, podemos captar para nós que a temporada foi positiva, porém, o planejamento não condisse com a realidade vivida no ano, entretanto, o algoz atleticano, foi o fator psicológico dos atletas, que muitas vezes afundaram os mesmos, impedindo-os que executassem seu jogo.

A opinião de um artigo assinado não reflete necessariamente a opinião do site, é o ponto de vista exclusivo do autor que elaborou o artigo.