Opinião: Banco de reservas do Atlético-GO tem sido determinante para o crescimento do time nesse 2º turno

Atlético-GO treinando
Foto: Ingryd Oliveira - ACG

O banco de reservas do Atlético-GO tem sido um fator decisivo para o crescimento do time na Série B do Campeonato Brasileiro. Os jogadores que entram no decorrer das partidas tem mantido o rendimento da equipe e em alguns casos até mudam o panorama do jogo, nesse sentido o Dragão tem mostrado força e qualidade no seu elenco, mas isso ocorreu somente quando da abertura da janela de julho, quando a diretoria abriu os cofres e contratou jogadores de melhor qualidade e em número suficiente, porque até então o elenco era muito reduzido e não tinha a qualidade necessária para o treinador implementar as variâncias durante as partidas, isso até culminou, naquela época, com a demissão dos treinadores contratados no primeiro turno, caso mais marcante foi o de Alberto Valentin, que sofreu muito com essas limitações de elenco e não conseguiu os resultados esperados. Já Jair Ventura, além de competente, teve mais sorte, pois chegou junto com esses novos atletas contratados, o que facilitou bastante o seu trabalho na recuperação do Atlético, para este segundo turno da série B.

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Nesses últimos 4 jogos podemos ver as variações e substituições realizadas pelo técnico Jair Ventura, e em nossa opinião o time não tem caído de produção pela saída dos jogadores considerados titulares, pode até haver diminuição de ritmo, o que é normal no segundo tempo das partidas, mas falta de qualidade não é a questão. E ainda podemos dizer mais, em alguns casos a qualidade do banco permite ao técnico Jair trazer alternativas diferentes para o jogo com as substituições, muitas vezes mudando a dinâmica, podendo optar por um time mais defensivo ou mais ofensivo. Bom exemplo disso é que no segundo tempo do jogo contra o Vitória em casa, o técnico optou pela permanência em campo de dois centroavantes com a entrada de Matheus Peixoto e Gustavo Coutinho. Já no jogo contra a Chapecoense fora de casa, o treinador optou, no segundo tempo, pela permanência em campo de dois meias mais habilidosos como é o caso do Shaylon que já estava em campo e com a entrada de Dodô. E tem outras variações que o técnico tem utilizado jogando fora e dentro de casa, fora de seus domínios e dependendo do adversário tem optado por até três volantes de marcação completando o meio campo com o meia Shaylon ou Dodô.

Alguns exemplos de como o banco de reservas do Atlético-GO tem feito a diferença no crescimento do time, atletas que ficaram fora do time principal por algumas rodadas, voltaram e até estão figurando como titulares, como é o caso de Kelvin e Luiz Fernando, ficaram ausentes em algumas partidas e agora estão se firmando como titulares; outro que ainda não conquistou o seu lugar no time titular é o centroavante Matheus Peixoto, até porque Gustavo Coutinho é o artilheiro dessa série B, mas achamos que a titularidade pode mudar de mãos, pois Peixoto tem entrado e se destacado nos poucos minutos que atua, inclusive fazendo dois gols nos último jogos, se Coutinho bobear fica no banco. Podemos destacar também que tem atletas considerados de bom nível e que ainda não tiveram oportunidade de mostrar seu futebol no time de Jair Ventura, casos de Sammuel, Serrato e Matheus Regis. Outros atletas que também compõem o elenco certamente ainda terão oportunidades, o mais importante é que se forem chamados a jogar pelo técnico, que entrem com vontade, disposição e mostrem qualidade, pois é importantíssimo ter um elenco motivado e opções que atendam às necessidades do treinador, para que este possa promover as variações e mudar as estratégias durante os jogos, para assim surpreender os adversários. Enfim, podemos afirmar que o Dragão, com esse elenco, tem condições de brigar pelo acesso à elite do futebol brasileiro, e o banco de reservas é um dos trunfos para alcançar esse objetivo.

Autor: Ronan Rodrigues de Andrade, 61 anos | Santo Antônio de Goiás-GO

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