Impressões sobre um dia histórico

Sem dúvidas, o dia 27.09.16 foi histórico. Após longos 12 anos sem jogos no Estádio Olímpico, o time da última partida no local foi o responsável em reinaugurar a histórica praça esportiva. Nada mais justo de ser o Atlético o time encarregado disso. Dragão e o Goiânia seriam os times mais apropriados para isso. Como o Galo está sem calendário no momento, o Dragão abriu o estádio contra o Joinville, na Série B. E foi lindo!

Antes do jogo, a expectativa era grande, apesar de boa parte da imprensa desestimulando e desacreditando do torcedor rubro-negro. Ingresso barato, cerveja barata, comida boa, estádio tradicional, moderno e perto de Campinas. Às vésperas do jogo, cerca de 5.600 ingressos haviam sido vendidos de forma antecipada. Não teve erro, o estádio lotou!

Mais de 11 mil pessoas preencheram as arquibancadas de vermelho e preto. Sem dúvida, uma das maiores emoções que tive no futebol foi ver o estádio daquele jeito. O Atlético tem torcida sim e calamos a boca de muita gente!

Entretanto, como de praxe em nosso estado, a organização do evento foi desastrosa. Um trânsito horrível, sem nenhum agente da SMT para auxiliar. Claro que o horário do jogo contribuiu para isso, mas não tem explicação. O jogo era de grande apelo, deveria ter sido feita alguma coisa.

Mesmo depois de enfrentar o trânsito, o torcedor rubro-negro teve outra batalha: as filas. Até mesmo quem já estava com ingresso em mãos, pegou uma enorme fila pra entrar no estádio. A desorganização era tanta, que quem recolheu o meu ingresso foi o segurança do Clube, Marcelão.

Depois, filas dentro do estádio para comprar bebidas. Sem falar que no começo do segundo tempo as cervejas já tinham acabado em muitos locais. Será que teve planejamento? Ou, assim como a imprensa, não acreditaram na torcida?

Em relação ao jogo, o time não foi bem. Senti a equipe nervosa, errando muitos passes, assim como no jogo contra o Vasco. Por muitos momentos fomos pressionados pelo frágil Joinville. Até agora não caiu a ficha. Aliás caiu sim, de que o Marquinho não dá. Não vou queimar o cara, falar que não serve, pra mandar embora, mas não dá pra ser o substituto natural de Gilsinho ou Magno Cruz. Contra o Vasco foi responsável direto em não empatar o jogo quando estava 1×0. Ontem, entregou a rapadura de forma bisonha no último lance.

O tanto de oportunidade que o Marquinho tem, deveria ser repassada ao Crispim, ao Luiz Fernando. Marcelo Cabo tem que usar alternativas. Marquinho não está no ritmo do time vice-líder da Série B e está comprometendo.

A campanha ainda é muito boa, estamos encaminhados, mas a sequencia é dura. CRB fora e depois Avaí no Olímpico.

Que o time retome o bom futebol e que torne o Olímpico um aliado. Que a organização do estádio aprenda com os erros e já para os próximos jogos apresente melhorias.

Apesar da satisfação com o Olímpico, minha casa é o Accioly e não abro mão.

Tchau Serra! Cansei de você! Chega!

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