Com cinco candidatos, Fifa realiza nesta sexta eleição para presidente

A Fifa realiza, nesta sexta-feira, novas eleições à presidência da entidade. A federação que comanda o futebol vem sendo dirigida interinamente pelo camaronês Issa Hayatou desde que Joseph Blatter foi suspenso pelo Comitê de Ética, em outubro.

O novo mandatário terá um grande desafio pela frente. Desde maio do ano passado, a Fifa vive grave crise institucional. Na ocasião, sete de seus principais dirigentes foram presos em Zurique, na Suíça, às vésperas do início do Congresso da federação que iria eleger o novo presidente. Joseph Blatter acabou eleito, mas diante da crise de imagem, renunciou três dias depois.

As constantes prisões de dirigentes atingiram inclusive o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que hoje cumpre prisão domiciliar em Nova York. A maioria das acusações contra os cartolas refere-se ao recebimento de propina de agências de marketing em negociações de direitos comerciais de competições de Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e do Caribe de Futebol).

Para a nova eleição, cinco dirigentes apresentaram candidatura: o suíço Gianni Infantino, o xeque do Bahrein, Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa, o príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein, o sul-africano Tokyo Sexwale e o francês Jérôme Champagne.

O novo mandatário será eleito durante o Congresso da Fifa para um mandato de quatro anos. O eleitorado é composto por 209 delegados, cada um de uma federação filiada à Fifa. A votação é secreta. Para ser eleito na primeira rodada, o candidato deve conquistar dois terços dos votos.

A partir da segunda rodada, bastará a maioria simples. Caso ninguém a conquiste, será eliminado um candidato a cada rodada.

 

PERFIL DOS CANDIDATOS

 

Xeque Salman Bin Ibrahim Al-Khalifa, 50, barenita

Presidente da Confederação Asiática de Futebol, é um dos favoritos. É considerado conservador e defendeu a punição dos cartolas da Fifa em seu país de origem.

Gianni Infantino, 45, suíço

Trabalha na Uefa desde 2000, tornando-se seu secretário-geral nove anos depois. Aliado de Platini, desde que lançou candidatura, tenta se afastar da imagem do dirigente punido

Príncipe Ali Bin Al-Hussein, 40, jordaniano

Candidato derrotado por Joseph Blatter na eleição doa no passado, defende maior participação de jogadores e clubes na Fifa e limitação de dois mandatos para presidente

Jérôme Champagne, 57, francês

Integrou a Fifa até 2010, mas saiu com a ascensão de Jérôme Valcke, com quem nunca se deu bem. Morou no Brasil quando foi diplomata. Defende projetos para a periferia da bola

Tokyo Sexwale, 62, sul-africano

Azarão, conta com quase nenhum apoio. Integrou a candidatura da África do Sul à Copa de 2010. Antigo aliado de Blatter, pode até renunciar para apoiar outro pretendente ao cargo

Fonte: Maquina do Esporte